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Cisto de colédoco é uma dilatação congênita que pode ser encontrada em qualquer porção da árvore biliar, sendo que sua localização mais comum é o colédoco, o ducto que leva a bile do fígado e da vesícula biliar para o intestino.

Existem diversos tipos de cisto de colédoco, sendo que os mais frequentes ou tem forma arredondada (também chamada de cística) ou fusiforme1 (que lembra o formato de uma bola de futebol americano).

Sua incidência populacional varia muito, indo de 1:13.000 a 1:100.000, acometendo mais os de origem asiática e as mulheres na proporção de 4:1 homens2

Sua apresentação clínica clássica é a presença de icterícia (aquele amarelão da pele), tumoração ou massa abdominal no quadrante superior direito e dor abdominal, a qual é mais comum em crianças maiores. Outros sintomas que podem estar relacionados incluem vômitos, febre e acolia fecal (que é a perda da coloração normal das fezes).

A complicação mais frequente é a pancreatite aguda, mas situações mais raras como a perfuração e o sangramento também podem ocorrer e são muito graves, onde pode ser necessária uma cirurgia de urgência. Uma complicação tardia, mas muito grave é a ocorrência de transformação maligna do cisto, isso mesmo, pode ocorrer um câncer em decorrência disso, principalmente na vida adulta, em aproximadamente 10,7% dos casos 3. O tumor mais frequente é o do tipo colangiocarcinoma, aproximadamente 70% dos tumores, seguido pelo câncer de Vesícula Biliar, aproximadamente 23%2. Ambos são tumores muito graves e agressivos.

O diagnóstico é feito inicialmente através de exames de imagem como uma ultrassonografia, e para um estudo mais detalhado é recomendado uma colangioressonancia, que nada mais é que um exame de ressonância magnética específica para o fígado e a via biliar. A tomografia computadorizada com contraste é solicitada para pacientes que estão em vigência de pancreatite ou na suspeita de tumor associado.

Quanto o tratamento, ele é cirúrgico. Consiste na retirada cirúrgica do cisto e posterior anastomose bilio-entérica (que nada mais é que a conexão da via de drenagem da bile ao intestino) podendo ser realizada por cirurgia aberta ou por via Laparoscópica.

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