A enterocolite necrosante é uma inflamação que acomete o trato gastrointestinal do bebê. Como o próprio nome diz, ela provoca a morte de tecidos (necrose) e pode ser bastante grave. Se não for tratada, pode levar ao óbito.
Conheça os detalhes da doença. Você vai entender as causas, os sintomas e o tratamento da enterocolite necrosante.
Principais causas da enterocolite necrosante
As causas da enterocolite necrosante ainda não são totalmente esclarecidas pela ciência. No entanto, sabe-se hoje que bebês prematuros correm mais risco de desenvolvê-la. Em especial, os bebês que precisam ser alimentados com fórmulas artificiais.
Os estudos mostram que a causa da enterocolite necrosante é multifatorial. Eventos que geram falta de oxigênio no organismo podem contribuir. A alimentação artificial e a colonização do intestino do bebê por bactérias pode agravar o quadro..
Principais sintomas da enterocolite necrosante
A enterocolite necrosante costuma ocorrer já nos primeiros dias ou semanas de vida do bebê. Mas, apesar de ser bastante grave, a doença possui sintomas inespecíficos. Isso faz com que ela possa ser confundida com outros problemas de saúde.
Entre os sintomas da enterocolite necrosante, estão:
- Distensão do abdome.
- Fezes com sangue.
- Dificuldades na alimentação.
- Vômitos esverdeados
- Vermelhidão da parede abdominal
- Oscilação na temperatura corporal.
- Letargia.
- Diagnóstico
Além dos exames físicos, os médicos pediatras responsáveis podem solicitar exames laboratoriais e de imagem para fechar o diagnóstico.
Com os exames de sangue, é possível identificar a presença de bactérias no organismo do bebê. Já entre os exames de imagem, o mais importante é a radiografia do abdome do paciente.
Com radiografia do abdome, o médico pode identificar sinais de distensão abdominal, edema do intestino e de gases na parede intestinal ou fora dela – o que indica uma possível perfuração do intestino
Tratamento Conservador
Uma vez diagnosticada a enterocolite necrosante, caberá aos médicos identificarem a gravidade da doença. Dessa forma, nos casos mais leves, a equipe poderá optar pelo tratamento conservador.
No tratamento conservador, o recém-nascido é colocado em jejum. Imediatamente, todo o conteúdo presente no seu estômago também é removido. O bebê passa a ser alimentado e hidratado pela veia. Além disso, são administrados medicamentos antibióticos específicos para curar a inflamação.
Tratamento Cirúrgico
O tratamento cirúrgico para a enterocolite necrosante é indicado para os casos mais graves. Assim, o objetivo do procedimento será a remoção da parte do intestino que sofre com a falta de irrigação sanguínea e que está em processo de necrose.
Uma vez removida a parte doente do intestino do recém-nascido, é feita a ostomia. Nesta, as duas extremidades das partes saudáveis restantes do intestino são trazidas até a pele. Logo após isso, o recém-nascido é encaminhado para a UTI Neonatal, de onde só será liberado após sua completa recuperação.
Após a alta hospitalar, o recém-nascido é acompanhado no consultório com o médico pediatra e o cirurgião pediátrico. Assim, no momento oportuno, é realizada a segunda etapa do procedimento: a reconstrução do intestino.
Além da enterocolite, muitas doenças graves podem afetar os recém-nascidos. Por isso, é muito importante que o local de nascimento da criança conte com uma equipe de Médicos Cirurgiões Pediátricos.
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